A consciência moral, que tantos insensatos tem ofendido e muito mais renegado, é coisa que existe e existiu sempre, não foi uma invenção dos filósofos do Quartenario, quando a alma mal passava ainda de um projeto confuso. Com o andar dos tempos, mais as atividades de convivência e as trocas genéticas, acabamos por meter a consciência na cor do sangue e no sal das lágrimas, e, como se tanto fosse pouco, fizemos dos olhos uma espécie de espelhos vidrados para dentro, com o resultado, muitas vezes, de mostrarem eles sem reserva o que estavamos tratando de negar com a boca".
Ensaio sobre a cegueira
Contribuição; Ale Padilha-uma amiga papo cabeça
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